Se você ainda não ouviu falar da Starlink, é hora de descobrir. É o serviço de internet por satélite da SpaceX que promete conexão rápida até nos cantos mais afastados do país. Não precisa de cabos, só de uma antena redonda que se coloca no seu telhado ou varanda. A ideia é levar sinal onde a fibra ainda não chegou.
A Starlink tem milhares de satélites em órbita baixa, a cerca de 550 km da Terra. Cada satélite se comunica com os outros e com a antena do usuário, formando uma espécie de rede de malha. Quando você abre o navegador, o pedido viaja para a antena, pula para o satélite mais próximo e segue até os pontos de presença da Starlink na Terra, que se conectam à internet tradicional. O resultado são latências que chegam a 20 ms, bem próximas às de um cabo de fibra.
No Brasil, a Starlink oferece um plano padrão com velocidade entre 50 e 150 Mbps e latência de 20 a 40 ms. O custo do kit – antena, suporte e roteador – gira em torno de R$ 4.500, e a assinatura mensal fica em torno de R$ 399. Não há taxa de instalação, mas você precisa de uma área livre de obstruções para que a antena “veja” o céu. A empresa entrega o kit na sua porta, e a montagem pode ser feita em poucos minutos, seguindo o manual.
Além do plano padrão, a Starlink tem opções para usuários corporativos e para regiões com necessidade crítica, como embarcações ou áreas rurais que dependem de conexões estáveis para agricultura de precisão. Esses planos costumam ter velocidades maiores e suporte dedicado, mas o preço varia conforme a demanda.
Quais são as vantagens? Primeiro, cobertura: a Starlink funciona em praticamente todo o território nacional, inclusive nas áreas mais remotas do interior, da Amazônia e do Pantanal. Segundo, velocidade: embora não substitua a fibra em grandes centros, ainda oferece performance suficiente para streaming, jogos online e videoconferências. Por fim, a facilidade de instalação – basta colocar a antena e conectar o roteador.
Mas também há desvantagens. O preço do kit ainda é alto para a maioria das famílias brasileiras, e a assinatura mensal pode pesar no orçamento quando comparada a planos de fibra ou rádio. A antena requer um ponto claro de visão ao céu; árvores altas ou prédios muito próximos podem atrapalhar. Além disso, em períodos de chuva intensa, a qualidade do sinal pode variar.
Se você está pensando em contratar a Starlink, vale a pena conferir a disponibilidade na sua região através do site da empresa. Basta inserir seu endereço e o sistema informa se há cobertura. Depois, compare o custo‑benefício com outras opções locais, como internet via rádio ou fibra, para decidir se a Starlink realmente atende às suas necessidades.
Em resumo, a Starlink está abrindo portas para quem antes ficava à margem da internet de qualidade. Se você mora longe das grandes cidades ou só quer um backup rápido para emergências, vale a pena considerar essa alternativa satelital. Fique de olho nas novidades, porque a SpaceX promete lançar ainda mais satélites nos próximos anos, ampliando ainda mais a velocidade e a estabilidade do serviço.
No dia 3 de setembro de 2024, a Starlink, empresa de Elon Musk, começou a bloquear o acesso ao X (antigo Twitter) no Brasil, após uma decisão inicial de recusar a ordem. A decisão de bloquear a plataforma é parte de uma série de ações legais e regulatórias no país para controlar o conteúdo online.
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