A gente vê cada vez mais jogos nas mídias, nas escolas e até no trabalho. Essa explosão não aconteceu do nada: smartphones, internet rápida e novas formas de pagar criaram um terreno fértil para quem faz e vende games. Se você curiosa ou curioso quer entender onde estão os maiores ganhos e onde pode crescer, vem comigo que eu explico de forma simples.
Primeiro, o assunto que não sai da roda‑gigante: jogos mobile. Mais de 70% dos usuários brasileiros jogam no celular e gastam dinheiro em compras dentro do app. Isso fez os desenvolvedores focarem em mecânicas rápidas, monetização por micro‑transações e eventos ao vivo que mantêm o jogador engajado.
Outra mudança forte é o crescimento do streaming de jogos. Plataformas como Twitch e o serviço de cloud gaming da Google permitem que a pessoa jogue sem console caro. Essa realidade abre espaço para estúdios que criam títulos leves, mas com gráficos bons o suficiente para atrair a audiência online.
Por fim, a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) estão saindo do nicho de ficção científica. Jogos que misturam o mundo real com o virtual, como Pokémon GO, mostram que há demanda por experiências imersivas. Empresas que investem em hardware mais barato e conteúdo criativo podem liderar essa fase.
Se o seu objetivo é trabalhar como desenvolvedor, designer ou produtor, a porta está aberta, mas a competição é grande. Comece estudando linguagens como C# (usada no Unity) ou C++ (usada no Unreal Engine). Cursos online, tutoriais gratuitos e projetos pessoais são o caminho mais rápido para montar um portfólio.
Outra estratégia que funciona bem no Brasil é participar de game jams. Esses eventos curtos, geralmente de 48 horas, forçam a criar um jogo completo em tempo recorde. Além de aprender, você conhece outros profissionais e pode até achar parceiros para futuros projetos.
Para quem pensa em abrir um estúdio, o primeiro passo é validar a ideia com o público. Use plataformas como itch.io para lançar versões beta e recolher feedback. Depois, procure financiamentos em editais de cultura, programas de incentivo à inovação ou até no crowdfunding.
Não se esqueça da parte de negócios: entender como funciona a loja de apps, as regras de pagamento de royalties e a importância de métricas como retenção e ARPU (receita média por usuário) pode fazer a diferença entre um game que sobrevive ou desaparece.
Em resumo, a indústria de jogos está em alta, mas só quem acompanha as tendências, aprende as ferramentas certas e pensa no modelo de negócio consegue aproveitar o momento. Se você tem paixão por jogos, agora é a hora de transformar essa paixão em uma carreira ou negócio sustentável.
Curitiba receberá a 1ª edição da Feira Sul-Americana de Jogos (FSG) de 6 a 9 de março de 2025 na Ligga Arena. O evento trará profissionais, entusiastas e empresas do setor, destacando a crescente importância da cidade nos setores de tecnologia e jogos. Com o mercado de jogos em rápida expansão, a FSG promete ser um evento fundamental no calendário de jogos da região.
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