A demência frontotemporal (DFT) costuma aparecer mais cedo que a doença de Alzheimer, geralmente entre 45 e 65 anos. Ela afeta áreas do cérebro responsáveis pelo comportamento, linguagem e controle de impulsos. Diferente de outras demências, o prejuízo à memória costuma ser menos intenso no início, mas as mudanças de humor e de fala são bem marcantes.
Se você percebeu que alguém da sua família ficou mais apático, tem dificuldade para encontrar palavras ou age de forma inesperada, pode ser hora de investigar. O diagnóstico precoce ajuda a escolher o tratamento certo e a organizar o apoio necessário.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas algumas alterações aparecem com mais frequência:
Esses sinais costumam aparecer de forma gradual, mas podem acelerar se não houver acompanhamento médico. O médico pedirá exames de imagem, como ressonância magnética, e testes neuropsicológicos para confirmar a DFT.
Não existe cura, mas há estratégias que melhoram a qualidade de vida. O primeiro passo é procurar um neurologista ou psiquiatra experiente em demências. Eles podem indicar medicamentos que ajudam a controlar impulsividade e alterações de humor.
Além da medicação, terapias ocupacionais e fonoaudiológicas são fundamentais. Elas treinam a pessoa a usar recursos de comunicação e a manter habilidades do dia a dia. Um ambiente calmo, rotinas bem definidas e poucas distrações ajudam a reduzir a ansiedade.
Para quem cuida, a sobrecarga é real. É importante buscar apoio em grupos de familiares, onde você troca experiências e aprende a lidar com situações difíceis. Não deixe de cuidar da sua saúde – descanso, alimentação equilibrada e momentos de lazer são essenciais para continuar oferecendo apoio.
Planejar o futuro também faz diferença. Converse com a pessoa afetada sobre decisões importantes, como questões financeiras e cuidados médicos, enquanto ainda há clareza cognitiva. Documentos como procuração e testamento evitam complicações mais tarde.
Em resumo, a demência frontotemporal exige atenção aos sinais de comportamento e linguagem, diagnóstico rápido e um plano de cuidados multidisciplinar. Com apoio adequado, é possível manter a autonomia por mais tempo e reduzir o impacto na família.
Emma Heming Willis abriu o coração sobre a demência frontotemporal de Bruce Willis em entrevista a Diane Sawyer. Ela diz que ele está fisicamente bem, mas com declínio cognitivo, ainda reconhece a família e responde ao afeto. Emma relata sinais iniciais e fala do impacto na rotina. O especial da ABC está no Disney+ e Hulu, e ela lança o livro The Unexpected Journey.
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