Morre Lídia Quinan, ex-Primeira-Dama de Goiás e Deputada Federal, aos 86 anos

Morre Lídia Quinan, ex-Primeira-Dama de Goiás e Deputada Federal, aos 86 anos jun, 30 2024

Lídia Quinan, ex-Primeira-Dama de Goiás e Deputada Federal, faleceu no sábado, 29 de junho, aos 86 anos. Ela estava internada no Hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia, onde recebia tratamento devido a uma inflamação na vesícula biliar. A notícia de seu falecimento abalou profundamente o estado de Goiás, onde era uma figura conhecida e respeitada tanto no cenário político quanto no setor empresarial.

O velório de Lídia Quinan ocorreu no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia, onde amigos, familiares e admiradores puderam prestar suas últimas homenagens. O governador Ronaldo Caiado lamentou profundamente a perda e destacou as contribuições significativas de Lídia tanto na política quanto no setor empresarial.

Lídia Quinan era viúva do ex-governador Onofre Quinan, um dos políticos mais influentes de Goiás. Onofre Quinan atuou como Vice-Governador do estado entre 1983 e 1986 e como Governador de 1986 até março de 1987. Lídia, ao lado do marido, teve uma participação ativa no desenvolvimento do estado e na vida política goiana.

Lídia Quinan nasceu em uma família tradicional de Goiás. Filha de Paulo Freire de Araújo e Cyra Nogueira de Araújo, ela se mudou para Goiás em 1955. Formou-se como enfermeira pela Escola de Enfermagem Florence Nightingale em Anápolis em 1957. Foi nessa época que conheceu Onofre Quinan, com quem se casou e passou a dividir tanto a vida pessoal quanto a carreira política.

Em 1980, Lídia Quinan ingressou no PMDB, partido pelo qual seu marido desenvolveu grande parte de sua carreira política. Ela atuou ativamente na campanha de Onofre Quinan, apoiando-o em suas iniciativas e políticas públicas. Com a posse de Onofre como Governador de Goiás em 1986, Lídia assumiu o papel de Primeira-Dama do estado, onde desenvolveu diversos trabalhos sociais e projetos voltados para a população mais carente.

Em 1994, Lídia Quinan decidiu dar um passo adiante em sua própria carreira política, candidatando-se à Câmara dos Deputados. Eleita Deputada Federal, ela representou Goiás de 1995 a 2003, destacando-se pela atuação em várias comissões da Casa, onde trabalhou em prol de projetos que visavam melhorar a qualidade de vida da população goiana.

Durante seu mandato como Deputada Federal, Lídia Quinan foi reconhecida por sua dedicação e competência. Em 1998, foi reeleita, ampliando sua influência e garantindo avanços significativos nas áreas em que atuava. Ao longo de sua carreira, ela migrou do PMDB para o PSDB, onde continuou defendendo as causas que acreditava serem essenciais para o desenvolvimento do estado de Goiás.

Além de sua trajetória política, Lídia Quinan teve uma atuação destacada no setor empresarial de Goiás. Foi Vice-Presidente do Grupo Onogás e da Onocrédito S.A., empresas fundadas por seu marido. Sua visão empreendedora e capacidade de gestão contribuíram para o crescimento e a consolidação dessas empresas no mercado.

Lídia também foi uma figura importante na Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), onde participou ativamente do Conselho Consultivo. Sua experiência e conhecimento foram fundamentais para o fortalecimento do setor empresarial goiano, e ela era admirada por seus colegas de profissão.

A morte de Lídia Quinan representa uma grande perda para Goiás. Sua vida foi marcada por uma dedicação intensa tanto à política quanto ao empreendedorismo, e ela deixa um legado de trabalho árduo e compromisso com o desenvolvimento do estado. Amigos, familiares e colegas de trabalho continuam a prestar tributos e homenagens à ex-Primeira-Dama e Deputada Federal, lembrando de sua força, coragem e determinação.

Sua história serve de inspiração para muitos, mostrando que é possível unir política e empreendedorismo em prol de um bem maior. Lídia Quinan será lembrada como uma mulher à frente de seu tempo, que, ao lado de seu marido Onofre Quinan, contribuiu imensamente para o progresso de Goiás.

11 Comentários

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    Sidney Souza

    julho 1, 2024 AT 06:13
    Essa mulher foi um pilar. Não importa o partido, ela agia com propósito. Foi além do título de primeira-dama e construiu algo real. Goiás perdeu uma das poucas que realmente colocavam o povo acima do poder.

    Se tivesse mais gente assim, a gente não tava nesse buraco que a política virou.
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    Cleber Hollanda

    julho 1, 2024 AT 09:42
    Toda essa história de heroína é propaganda do PMDB e depois PSDB eles usam o nome de mulheres como essa pra disfarçar que nunca mudou nada na estrutura de poder. Ela só foi útil porque era esposa de um poderoso e depois entrou no jogo. Nada de revolucionário
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    Caio Passos Newman

    julho 3, 2024 AT 00:51
    Você acha que ela realmente acreditava no que fazia... ou só seguia o script do marido? A política é um teatro. Ela era a atriz principal no palco dele. Aos 86 anos, talvez ela só tenha se libertado de tudo isso. O sistema não te deixa ser autêntico. Só sobrevive se jogar o jogo.
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    Leobertino Rodrigues Lima Fillho Lima Filho

    julho 4, 2024 AT 08:26
    Outra mulher que só fez o que todo mundo esperava dela. Enquanto isso, o Brasil tá sendo roubado por gente que nem sabe o que é trabalho. 🤡
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    Ana Elisa Martins

    julho 5, 2024 AT 17:18
    Se ela fosse homem, todo mundo diria que era só um político comum. Mas como é mulher, virou lenda. É o mesmo padrão de sempre.
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    Vinicius Lorenz

    julho 6, 2024 AT 05:51
    A trajetória dela é um case de *embedded leadership* - a fusão entre capital social e capital político, operando num *regime de legitimidade patrimonial*. O empreendedorismo familiar como extensão do poder estatal. Ela não era só uma figura pública, era um *node* na rede de poder goiano.

    Seu legado tá na estrutura: Acieg, Onogás, o modelo de patronato que ainda sustenta o interior.
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    Bruno Figueiredo

    julho 7, 2024 AT 08:44
    Ela foi enfermeira antes de ser política. Isso explica tudo. Quem cuida de doentes aprende a ver o que o poder ignora. Ela não subiu por influência, subiu porque viu a dor e decidiu agir.
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    Luciano Oliveira

    julho 9, 2024 AT 05:02
    A gente fala de legado como se fosse algo fixo, mas o legado é o que as pessoas lembram. E o que elas lembram é o que lhes serve. Lídia Quinan foi lembrada porque serviu como símbolo de estabilidade, de ordem, de hierarquia. Mas e se o que ela fez foi apenas manter o sistema que nos trouxe até aqui? E se o verdadeiro legado dela foi impedir que algo realmente novo surgisse? A gente celebra a mulher que operou dentro das regras, mas esquece que as regras foram feitas pra excluir. Ela foi a ponte, não a revolução. E talvez por isso tenha sido tão respeitada. Porque nunca ameaçou o poder. Só o adornou.
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    josias Alves Cardoso

    julho 10, 2024 AT 08:52
    Que mulher incrível. Me emocionou ver o quanto ela fez por Goiás sem nunca precisar de aplauso. 🙏
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    Genille Markes

    julho 11, 2024 AT 15:42
    Ela merece descansar em paz. Foi uma vida inteira dedicada ao outro. Isso é raro.
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    James Robson

    julho 12, 2024 AT 17:40
    Ninguém lembra que ela só teve acesso a tudo porque era esposa de um homem poderoso. E agora que ela morreu, todos viram santos. Mas quando ela estava viva, ninguém perguntou se ela queria mesmo estar ali.

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