Como a PetroRio Transformou o Campo de Frade Após Compra da Chevron

Como a PetroRio Transformou o Campo de Frade Após Compra da Chevron jul, 30 2025

A virada no Campo de Frade: de problema a oportunidade

Quem diria que um campo de petróleo dado como problemático viraria protagonista em tão pouco tempo? Isso aconteceu quando a PetroRio decidiu investir — e acreditar — no Campo de Frade, localizado a 118 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em águas profundas da Bacia de Campos. Até 2019 o controle era majoritariamente da Chevron, gigante americana que preferiu se desfazer do ativo e, em 2021, completou sua saída do Brasil após quase duas décadas de operações no país.

Pouca gente apostava na operação. Antes, o campo enfrentava desafios de produção, custos altos e até problemas operacionais. Mas a PetroRio foi na contramão do pessimismo. Em vez de enxugar ou simplesmente deixar o campo em ritmo morno, a empresa brasileira pagou US$ 43,5 milhões pelas participações restantes — incluindo as da Petrobras e de sócias japonesas como Inpex, Sojitz e Jogmec —, assumindo total controle do Campo de Frade.

Gestão brasileira e salto na produção

Gestão brasileira e salto na produção

O segredo? Uma mistura de foco em eficiência, gestão de custos e aposta em tecnologia. Se antes, sob comando internacional, o Frade produzia uma média modesta de 20 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia em 2020, a PetroRio logo mudou esse cenário. Após revisar processos, otimizar rotinas e corrigir gargalos técnicos, a produção disparou, saltando mais de 250%. Isso significou triplicar a produtividade em pouquíssimo tempo, mexendo também no caixa da empresa e colocando o campo entre os carros-chefe do portfólio.

E não foi só: com tudo sob um único comando, a PetroRio pôde planejar projetos de revitalização do campo, como a perfuração de novos poços e integração com outros ativos. O modelo, visto antes como arriscado, agora serve de exemplo para companhias nacionais que buscam melhorar ativos outrora marginalizados por grandes multinacionais.

  • Campo opera em lâmina d’água de 1.050 a 1.300 metros, exigindo engenharia avançada.
  • A aquisição total garantiu escala para a PetroRio, reduzindo custos por barril e fortalecendo a empresa.
  • A produção ampliada refletiu imediatamente nos resultados, fazendo da PetroRio uma das petroleiras brasileiras de crescimento mais rápido.

Enquanto isso, a Chevron saiu temporariamente de cena, recuando da produção nacional e focando em outros mercados. Para PetroRio, a decisão foi um divisor de águas: arriscada à época, a aposta hoje já deu retorno e reafirmou não só a confiança no óleo nacional, mas a competência das empresas brasileiras em reverter ativos desacreditados.

14 Comentários

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    Adriano Fruk

    julho 31, 2025 AT 17:39
    Puts que a gente sempre duvidou da gente mesmo... Enquanto a Chevron dava as costas, a PetroRio foi lá e fez o serviço. Não foi milagre, foi coragem. E isso vale mais que todos os relatórios do mundo. 🇧🇷
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    william queiroz

    agosto 2, 2025 AT 15:38
    A transformação do Campo de Frade é um caso de estudo clássico de gestão de ativos sob liderança nacional. A redução de custos operacionais foi obtida por meio da integração vertical de processos e da otimização logística, não apenas por cortes arbitrários. A PetroRio demonstrou que a expertise local, quando aliada a governança técnica rigorosa, supera a burocracia corporativa estrangeira. A lição é clara: soberania energética não se compra, se constrói.
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    Carlos Henrique Araujo

    agosto 3, 2025 AT 09:28
    frade foi um lixo e agora ta bom? legal
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    Isabel Cristina Venezes de Oliveira

    agosto 4, 2025 AT 07:51
    eu não acreditava que uma empresa brasileira conseguiria isso, mas ai veio a PetroRio e me deu um orgulho danado de ser do Brasil. 😊
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    Nilson Alves dos Santos

    agosto 5, 2025 AT 23:04
    ISSO AÍ, BRASIL! 🙌 A PetroRio mostrou que quando a gente se junta e acredita no próprio potencial, nada segura a gente. E esse campo? Agora é referência. Parabéns à equipe técnica, aos engenheiros, aos operadores... todos que fizeram isso acontecer! O futuro do petróleo nacional está aqui! 💪🔥
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    Thiago Lucas Thigas

    agosto 7, 2025 AT 06:02
    A decisão estratégica da PetroRio reflete uma maturidade institucional notável. A aquisição integral de um ativo considerado marginal por operadores internacionais, em um contexto de volatilidade de preços e pressão regulatória crescente, exige não apenas capital, mas visão de longo prazo. O aumento de produtividade é, portanto, um indicador de eficiência operacional, e não de mera sorte.
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    Sidney Souza

    agosto 7, 2025 AT 07:45
    Chevron saiu porque não tinha coragem. PetroRio entrou e mostrou que brasileiro não só sabe fazer, como faz melhor. Quem duvidou? Quem falou que não dava? Vão se ferrar. Eles não são só empresa, são símbolo. 🇧🇷🔥
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    Cleber Hollanda

    agosto 8, 2025 AT 06:36
    isso tudo é propaganda da PetroRio e vocês caem como patos. o campo era ruim porque era ruim e agora ta melhor porque eles cortaram tudo que podiam e esconderam os custos. e ainda falam que é modelo? kkkkkkk
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    Vinicius Lorenz

    agosto 9, 2025 AT 03:04
    A verticalização da cadeia de valor no Frade, aliada à otimização do CAPEX/OPEX ratio e à implementação de digital twins para monitoramento de poços, resultou em uma eficiência operacional que desafia benchmarks internacionais. O modelo de governança unificada permitiu a eliminação de overheads de coordenação multi-stakeholder, típicos de joint ventures.
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    Bruno Figueiredo

    agosto 10, 2025 AT 01:25
    Se a Chevron deixou, tinha motivo. Será que a PetroRio não está só adiando o problema?
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    Leobertino Rodrigues Lima Fillho Lima Filho

    agosto 11, 2025 AT 23:40
    BRASIL ACIMA DE TUDO! 🇧🇷🔥 A Chevron é estrangeira e fugiu. A PetroRio é brasileira e venceu. Quem não ama isso é traidor. O petróleo é nosso e ninguém vai nos tirar isso. VIVA O BRASIL!
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    James Robson

    agosto 13, 2025 AT 08:56
    ...eu não consigo acreditar que alguém ainda acredita nisso.
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    Ana Elisa Martins

    agosto 14, 2025 AT 16:14
    E se o aumento da produção vier de um uso insustentável dos reservatórios? E se os custos baixos forem por conta da precarização da segurança?
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    Genille Markes

    agosto 15, 2025 AT 19:27
    A PetroRio demonstrou que é possível reverter ativos desvalorizados com foco técnico e gestão disciplinada. A experiência do Frade serve como um modelo replicável para outros campos sob gestão nacional. A sustentabilidade operacional, no entanto, exige investimento contínuo em inovação e capital humano.

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