Brasileirão 2025 já soma 11 técnicos demitidos em apenas 12 rodadas

Brasileirão 2025 já soma 11 técnicos demitidos em apenas 12 rodadas jul, 16 2025

Ondas de demissões marcam o Brasileirão 2025

Você piscou e outro técnico já perdeu o emprego. Assim tem sido a maratona insana do Brasileirão 2025, que já registra 11 demissões de treinadores em apenas 12 rodadas. O cenário de troca constante chama atenção até para quem está acostumado com a famosa pressão dos clubes brasileiros, mas nem os mais pessimistas imaginavam tantas cabeças rolando tão rápido.

Tudo começou quando Mano Menezes deixou o comando do Fluminense logo após perder para o Fortaleza na estreia: um resultado ruim e adeus ao projeto. A dança das cadeiras continuou: Pedro Caixinha saiu do Santos na terceira rodada, enquanto Gustavo Quinteros (Grêmio) e Ramón Díaz (Corinthians) caíram logo em seguida, já na quarta rodada. Quem acha que o ambiente futebolístico brasileiro perdoa um tropeço, está enganado.

Derrotas e eliminações aceleram trocas

O efeito dominó continuou conforme os resultados decepcionavam as diretorias. Fábio Carille saiu do Vasco após um revés para o Cruzeiro, na sexta rodada. Não demorou e Pepa foi desligado do Sport depois de ver seu time perder para o Fluminense. Fábio Matias também deixou o Juventude, substituído depois de uma goleada sofrida contra o Fortaleza, e António Oliveira nem teve tempo de esquentar o banco no Sport — resistiu apenas quatro jogos antes de ser dispensado na 11ª rodada.

O clima não poupou nem quem parecia consolidado. Luis Zubeldía pediu para sair do São Paulo depois que seu elenco, desgastado, perdeu para o Vasco e caiu para a 14ª posição. Foram 85 jogos sob seu comando, 38 vitórias e 20 derrotas. Mas, no calor da crise, currículo vitorioso vira detalhe.

Os motivos nem sempre estão ligados só ao campeonato nacional. Renato Paiva, do Botafogo, não aguentou depois de cair diante do Palmeiras na semifinal do Mundial de Clubes. Da mesma forma, Thiago Carpini, do Vitória, foi embora após a equipe ser eliminada pelo Confiança na Copa do Nordeste. Sejam derrotas na competição principal ou em disputas paralelas, a paciência das diretorias é curta.

Tudo isso escancara o ambiente de extrema cobrança no futebol brasileiro, onde cada rodada é vista como mata-mata e o planejamento a longo prazo quase não existe. A busca pelo Brasileirão 2025 se resume, na maioria dos casos, a pressionar por entregas imediatas — e muitos técnicos pagam caro por não entregar milagres.