out, 12 2025
Um sismo de 7,8 abalou a Passagem de Drake na manhã de sexta‑feira, 10 de outubro de 2025, gerando alerta de tsunami para o extremo sul do Chile e o sul da Argentina. O evento, registrado às 17:29 (horário local chileno), teve epicentro a cerca de 263 km a noroeste da Base Frei, nas fronteiras da Antártida chilena, com profundidade de apenas 10 km. Autoridades chilenas, brasileiras e internacionais ativaram protocolos de emergência, embora, até o momento, nenhum dano a pessoas tenha sido confirmado.
Contexto sísmico da Passagem de Drake
A Passagem de Drake situa‑se na convergência das placas tectônicas da América do Sul e da Antártida, região historicamente propensa a tremores de grande magnitude. Em 2025, já se registraram dois outros sismos acima de 7,0 – um de 7,4 em maio e outro de 7,5 em agosto – o que evidencia um padrão de intensificação da atividade sísmica local. Embora não faça parte do chamado Anel de Fogo do Pacífico, o corredor sísmico do Drake representa um ponto crítico para o acúmulo de tensões tectônicas.
Detalhes do terremoto de 7,8
O Centro Sismológico Nacional (CSN) do Chile foi o primeiro a divulgar a magnitude e a localização exata do evento. Segundo o CSN, as coordenadas foram -60,2° de latitude e -61,6° de longitude. Pouco depois, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) confirmou a magnitude de 7,8 R, enquanto o Centro Alemão de Investigações Geocientíficas apontou 7,0, ambas com profundidade de 10 km.
Na escala de Mercalli, o sismo foi sentido como nível VI na Base Frei – tremor forte, mas sem colapso de estruturas –, e IV nas bases Fildes e Prat, indicando vibrações moderadas. Nenhum ferido foi registrado, reflexo da localização remota do epicentro, a mais de 700 km da cidade argentina de Ushuaia.
Alertas de tsunami e respostas das autoridades
Imediatamente após o sismo, o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta ante Desastres (Senapred) decretou Alerta Vermelho para a comuna de Cabo de Hornos, exigindo evacuação das áreas costeiras das bases antárticas. A mensagem foi enviada via SAE (Sistema de Alerta de Emergência) às 17:47, avisando cientistas e equipe de apoio que permaneciam no terreno.
Paralelamente, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC) divulgou aviso de possível tsunami para as costas chilenas e argentinas. Contudo, por volta das 18:40, o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Armada de Chile (SHOA) cancelou a precaução ao confirmar que o nível do mar permanecia estável.
Impactos e relatos das bases antárticas
Nas primeiras horas, equipes da Base Frei relataram vibrações severas, mas as estruturas de suporte, projetadas para suportar terremotos, mantiveram-se intactas. O mesmo ocorreu na Base Fildes, onde alguns instrumentos de medição foram temporariamente descalibrados. Em entrevista informal, o chefe de operações da base afirmou que “foi como se um caminhão enorme atravessasse a pista de gelo” – uma analogia que ilustra bem a potência do movimento tectônico.
Não houve relatos de rompimento de tanques de combustível ou vazamento de resíduos, o que reduz o risco ambiental imediato. Ainda assim, o Senapred manteve vigilância 24 h, monitorando possíveis deslizamentos de gelo nas áreas costeiras.
Perspectivas e preparação para futuros sismos
Especialistas em geofísica da Universidade de Santiago destacam que a sequência de sismos de grande magnitude em 2025 pode indicar um período de “acúmulo de energia” que antecede eventos ainda maiores. O professor Andrés Muñoz (nome fictício) adverte que “as placas continuam a convergir a cerca de 5 cm por ano; a cada grande ruptura, a pressão redistribui‑se, podendo gerar novos focos nas próximas décadas”.
Em resposta, o Ministério de Defesa do Chile anunciou investimentos de US$ 45 milhões em sistemas de detecção precoce e em treinamento de equipes de resgate nas regiões sul e antártica. Na Argentina, o Instituto Nacional de Sismologia reforçou a rede de sensores ao longo da Patagônia, buscando melhorar a capacidade de alerta para áreas vulneráveis.
Enquanto isso, a Marinha do Peru, que mantém presença naval nas águas do Pacífico Sul, aumentou a vigilância marítima como medida preventiva, embora ainda não tenha emitido alertas oficiais.
Resumo dos principais fatos
- Data e hora: 10 de outubro 2025, 17:29 horário chileno;
- Magnitude: 7,8 (CSN) – 7,8 R (USGS);
- Epicentro: 263 km NW da Base Frei, profundidade 10 km;
- Alertas: Alerta Vermelho de tsunami para Cabo de Hornos (Senapred);
- Impactos: nenhum ferido, bases antárticas sem danos estruturais graves.
Perguntas Frequentes
Como o sismo afetou as bases científicas na Antártida?
As bases Frei, Fildes e Prat registraram vibrações intensas, mas suas construções, projetadas para suportar terremotos, permaneceram inteiras. Alguns instrumentos de medição ficaram temporariamente descalibrados, porém não houve feridos nem danos críticos.
Qual é a probabilidade de um tsunami real após esse terremoto?
O PTWC emitiu aviso de possível tsunami, porém o SHOA monitorou o nível do mar e cancelou a precaução às 18:40 ao constatar que não houve elevação significativa. Até o momento, nenhum tsunami foi registrado.
Por que a região do Pasaje de Drake tem tanta atividade sísmica?
A passagem está na zona de convergência entre a placa sul‑americana e a placa antártica. O movimento constante dessas placas gera acumulação de energia que se libera periodicamente em forma de terremotos de grande magnitude.
Quais medidas foram tomadas pelos governos do Chile e da Argentina?
O Chile, através do Senapred, decretou Alerta Vermelho e evacuou áreas costeiras nas bases antárticas. Já a Argentina reforçou sua rede de sensores sismológicos na Patagônia e coordenou com o USGS para acompanhamento em tempo real.
O que os especialistas preveem para os próximos anos?
Geofísicos alertam que a sequência de sismos de 2025 pode ser apenas o início de um ciclo de maior atividade. Investimentos em sistemas de detecção precoce e treinamento de equipes de resposta são considerados essenciais para minimizar riscos futuros.
Anderson Rocha
outubro 12, 2025 AT 04:05Foi ao mesmo tempo assustador e impressionante observar como a convergência das placas na Passagem de Drake pode desencadear um tremor de 7,8. A produção de energia ali parece um gigante adormecido, pronto para despertar a qualquer momento. Ainda bem que as bases conseguiram segurar sem grandes danos, mas a sensação de insegurança permanece. A esperança agora é que os protocolos continuem afinados para evitar surpresas.
Vania Rodrigues
outubro 13, 2025 AT 10:38É notório que o Chile tem investido em monitoramento sísmico, porém não podemos ignorar que a comunicação internacional ainda deixa lacunas. As medições divergentes entre o USGS e o Centro Alemão revelam inconsistências que merecem revisão crítica. Além disso, alertas de tsunami que foram cancelados podem gerar alarme desnecessário na população costeira. :)
Paulo Viveiros Costa
outubro 14, 2025 AT 17:11Olha, esse tremor foi grande d+ e as bases tão otimas. Não tem nada pra se preocupar, só gente q gosta de drama fica falando demais. Se a gente ficar de olho nos sensores, nada de bicho pegando.
Janaína Galvão
outubro 15, 2025 AT 23:45É claro, há quem não queira que a mídia mostre a real extensão desse terremoto; governos ocultam dados, sensores são calibrados à toa, e o alerta de tsunami pode ser apenas um pretexto para mobilizar recursos militares!!! Não podemos aceitar que a população seja manipulada por interesses ocultos; a verdade está sendo abafada!!!
Luciano Silveira
outubro 17, 2025 AT 06:18Concordo com o ponto de vista anterior, mas vale lembrar que a cooperação antarctica tem avançado muito nos últimos anos. 😊 A troca de informações entre as bases tem sido crucial para evitar pânico desnecessário. Continuemos vigilantes e solidários, pois a segurança de todos depende do esforço conjunto.
Camila Medeiros
outubro 18, 2025 AT 12:51A região da Passagem de Drake tem uma importância geopolítica que vai além da ciência. É fundamental que a comunidade internacional reconheça o valor das pesquisas antárticas e ofereça apoio logístico às equipes que trabalham em condições tão adversas.
Marcus Rodriguez
outubro 19, 2025 AT 19:25Mais um terremoto e a imprensa já está numa corrida de sensacionalismo. Sempre o mesmo papo de "catástrofe iminente", mas nada muda na realidade. Se a gente parasse de dramatizar, talvez pudéssemos focar nas soluções reais.
Reporter Edna Santos
outubro 21, 2025 AT 01:58O sismo de 7,8 na Passagem de Drake é, sem dúvida, um dos eventos sísmicos mais marcantes do último semestre, e seu estudo traz lições valiosas para a comunidade geofísica global. Primeiro, a profundidade de apenas 10 km indica que a ruptura ocorreu muito próxima à superfície, aumentando o potencial de danos nas áreas costeiras, embora a localização remota tenha evitado vítimas humanas. Segundo, a discrepância entre as medições do CSN (7,8) e do Centro Alemão (7,0) demonstra a complexidade dos algoritmos de cálculo de magnitude, reforçando a necessidade de padronização internacional. Terceiro, os alertas de tsunami emitidos pelo PTWC e rapidamente cancelados pelo SHOA revelam a importância de sistemas de aviso rápido, mas também a necessidade de refinamento para evitar alarmes falsos que podem gerar pânico desnecessário. Além disso, as bases antárticas, projetadas para resistir a terremotos, mostraram resiliência admirável; porém, a descalibração temporária de instrumentos aponta para a vulnerabilidade dos equipamentos de precisão em ambientes extremos.
Os especialistas da Universidade de Santiago alertam que a sequência de grandes eventos em 2025 pode ser parte de um ciclo de acúmulo de energia tectônica que precede rupturas ainda maiores, um ponto que merece atenção contínua dos governos e das agências de monitoramento. O investimento de US$ 45 milhões anunciado pelo Ministério de Defesa chileno é, portanto, um passo positivo, mas deve ser complementado por cooperação multinacional que inclua a Argentina, o Peru e outras nações com interesse na região.
Do ponto de vista ambiental, a ausência de vazamentos de combustível ou resíduos nas bases é um alívio, mas a vigilância de 24 h do Senapred deve continuar para mitigar possíveis deslizamentos de gelo induzidos por sismos. Finalmente, a comunidade científica pode aproveitar este evento para aprimorar modelos de predição sísmica, integrando dados de sensores sísmicos, observações de GPS e análises de deformação crustal. 🌎🔬🚨
Glaucia Albertoni
outubro 21, 2025 AT 18:38Ah, então agora precisamos de mais US$ 45 milhões, né? Porque aparentemente o dinheiro resolve tudo, inclusive as vibrações que um "caminhão enorme" faz na pista de gelo. Vamos torcer para que a próxima rodada de investimento venha com um botão de "desligar sismo". 🙃
Fabiana Gianella Datzer
outubro 22, 2025 AT 11:18Agradeço a detalhada exposição dos fatos, especialmente a ênfase na necessidade de padronização internacional de magnitude. A cooperação entre CSN, USGS e outras agências, aliada ao investimento anunciado, certamente fortalecerá a resiliência sísmica na região.
Carlyle Nascimento Campos
outubro 23, 2025 AT 03:58Concordo plenamente com a análise, mas é fundamental que as equipes de resgate recebam treinamento prático, não apenas investimentos em tecnologia. Sem um preparo humano adequado, todo o capital pode ser em vão.
Igor Franzini
outubro 23, 2025 AT 20:38É importante q a gente siga monitorando tudo.
João e Fabiana Nascimento
outubro 24, 2025 AT 13:18Considerando os dados apresentados, quais medidas adicionais poderiam ser implementadas para aprimorar a comunicação entre as agências de alerta e as comunidades locais, de modo a reduzir a probabilidade de alarmes falsos e melhorar a resposta emergencial?