Biblioteca Pública da Filadélfia lança empréstimo de videogames para PlayStation, Xbox e Nintendo Switch

Biblioteca Pública da Filadélfia lança empréstimo de videogames para PlayStation, Xbox e Nintendo Switch mai, 7 2025

Biblioteca aposta em videogames para atrair e educar

A Biblioteca Pública da Filadélfia decidiu ampliar os horizontes dos seus frequentadores. Agora, qualquer pessoa cadastrada pode pegar emprestado até três jogos para PlayStation, Xbox ou Nintendo Switch durante três semanas seguidas. Não estamos falando de um projeto restrito a poucas unidades, e sim das 54 filiais espalhadas pela cidade. Os interessados podem reservar seus jogos favoritos no site oficial da biblioteca — uma facilidade que muita gente já estava querendo faz tempo.

A coleção não deixa ninguém de lado. Tem jogos pensados especialmente para crianças, adolescentes ou adultos. Tudo foi organizado em duas grandes categorias: uma voltada para o público infantil, e outra que engloba jovens e adultos. Cada filial começou com um pacote de 100 jogos, cuidadosamente selecionados conforme o gosto da comunidade. A ideia é trabalhar com variedade, permitindo tanto aventuras mais leves quanto narrativas profundas que desafiem o jogador.

Jogos vão muito além do entretenimento

Se você pertence ao time que acredita que videogame é só passatempo, a equipe da biblioteca faz questão de desmontar esse estigma. Segundo Kelly Richards, presidente da instituição, os jogos modernos vão além da diversão e ajudam a desenvolver habilidades importantes. "Jogos digitais exigem criatividade, colaboração e até leitura atenta das histórias envolvidas", comenta Richards, que vê o projeto como mais um aliado para estimular o raciocínio e prender a atenção de crianças e jovens.

Kris Langlais, responsável pela seleção do acervo audiovisual, já percebeu o efeito desse movimento. Crianças que levam jogos para casa acabam se interessando por livros de temas parecidos. Jovens voltam à biblioteca não só para renovar os jogos, mas para buscar HQs, romances e até participar de clubes de leitura inspirados pelas próprias franquias dos games. É um jeito de fazer a comunidade girar e de usar o universo gamer como porta de entrada para outros saberes.

Não é só impressão; os próprios estudos citados pela biblioteca apontam que quem joga videogame desenvolve mais facilmente habilidades ligadas à resolução de problemas e compreensão de textos. E tem mais: quem quiser ajudar, pode doar jogos em bom estado para qualquer aparelho compatível, criando um ciclo de colaboração entre vizinhos e estimulando o acesso à tecnologia.

O movimento não surge do nada. Outras cidades dos Estados Unidos também vêm apostando na mesma linha. Em Needham, por exemplo, a biblioteca já circula mais de 150 jogos em diferentes plataformas. Fica nítido que, para muita biblioteca pública, videogame começa a ser visto como ferramenta tão essencial quanto livros, filmes ou computadores na promoção da educação e do convívio.